A
próxima reunião do grupo de estudos ocorrerá em 29/04, às 19h00, no Auditório do CEAM (Pavilhão
Multiuso I, primeiro andar, Campus Darcy Ribeiro).
Como referência para discussão, utilizaremos o terceiro e quarto capítulos da tese de Janaína Damaceno Gomes, "Os segredos de Virgínia" (pp. 64-147). A tese pode ser baixada aqui.
Continuaremos, portanto, a discutir os estudos de Virgínia Bicudo. Para quem não esteve presente na reunião de 15/04, recomendo também a leitura de trecho de "Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em São Paulo", de Virgínia Bicudo, que pode ser baixado aqui.
Seguindo nosso calendário, a próxima reunião será aberta a todxs xs interessadxs. Ou seja, a participação não estará restrita às mulheres negras. Todxs estão convidadxs a participar e todxs são bem-vindxs.
No entanto, a construção de um espaço acadêmico disposto a enfrentar o racismo não depende exclusivamente da boa ou má vontade de cada um(a). Relembro aqui alguns princípios de funcionamento do grupo, já apontados (e postados) anteriormente, e que visam coibir recorrentes práticas acadêmicas racistas e patriarcais – não importa se conscientes ou inconscientes:
- O grupo parte de uma perspectiva feminista e antirracista. Não serão toleradas manifestações de discriminação, de qualquer tipo. Desde que atenda aos princípios do grupo, as mais diversas (e talvez dissonantes) perspectivas serão debatidas;
- As discussões serão articuladas em torno de temas de interesses das mulheres negras. Ou seja, a reunião não se centrará na explicação do que é racismo, sexismo, machismo ou como nós, mulheres negras, os experimentamos;
- Mulheres não-negras e homens em geral são convidadxs a debater sua própria experiência social. Busca-se assim maior compreensão sobre os efeitos do racismo para pessoas brancas, do machismo para homens, e também coibir a reiterada prática acadêmica de objetificação das mulheres negras e suas experiências;
- É vedada a utilização de discussões como material para produção acadêmica. Afinal, estas são práticas reconhecidamente antiéticas. O uso de formulações de outras pessoas constitui plágio e a utilização de conversas, ideias, relatos etc. como material de pesquisa depende do consentimento e do esclarecimento prévios das pessoas envolvidas.
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